Antes de voltar a Roma, o Papa Bento XVI quis se encontrar com os voluntários que trabalharam na Jornada Mundial da Juventude em Madri e fizeram desta um inesquecível evento.
Mais que voluntários, estes foram verdadeiros apóstolos, prontos a servir a Igreja e o Papa, salientou o Arcebispo de Madri, Cardeal António Maria Rouco. Foram 12.500 voluntários vindos da Espanha e de outras partes do mundo, a maior parte deles jovens. O lugar dos jovens é na Igreja, destacaram os jovens voluntários."A alegria e a fé do povo brasileiro se fortaleceram com a JMJ 2013. Estamos lhe esperando Santo Padre e confiamos a ti a proteção de Nossa Senhora Aparecida", disse a jovem voluntária Gisele, do Rio de Janeiro. “Graças à vossa colaboração, os jovens peregrinos puderam encontra um amável acolhimento e uma ajuda para todas as suas necessidades. Com o vosso serviço, conferistes à Jornada Mundial a fisionomia da amabilidade, da simpatia e da dedicação aos outros”, destacou o Santo Padre.
Com amor, os voluntários serviram não somente os jovens peregrinos, mas também ao Papa. Pessoas que foram responsáveis para que tudo ocorresse bem.
“Em todos os momentos em que participei, lá vos encontrei: uns visivelmente e outros em segundo plano, possibilitando a ordem que se requeria para tudo correr pelo melhor. E também não posso esquecer o esforço da preparação destes dias”, disse.Foram muitos os sacrifícios feitos por todos que se entregaram totalmente para que tudo saísse bem nessa jornada, um verdadeiro sinal de amor pela Igreja, definiu Bento XVI.Muitos deles tiveram de renunciar à própria participação direta nos atos celebrativos, pois estavam ocupados com outras tarefas organizacionais. Mas esta renúncia, disse o Papa, constituiu uma forma bela e evangélica de participar na Jornada. A entrega destes voluntários tornaram realidade as palavras contidas no Evangelho de Marcos: “Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos” (Mc 9, 35). Uma experiência para toda a vida“Tenho a certeza de que esta experiência como voluntário vos enriqueceu a todos na vossa vida cristã, que é fundamentalmente um serviço de amor. O Senhor transformará a vossa fadiga acumulada, as preocupações e a pressão de muitos momentos, em frutos de virtudes cristãs: paciência, mansidão, alegria de se dar aos outros, disponibilidade para cumprir a vontade de Deus”, enfatizou o Pontífice. Amar é servir, e o serviço aumenta o amor, destacou Bento XVI acrescentando que para ele este é um dos frutos mais belos da contribuição dos voluntários para a Jornada Mundial da Juventude. E no mistério da comunhão, este sacrifício feito beneficia Igreja inteira.“Agora, ao voltardes para a vossa vida de todos os dias, animo-vos a guardardes no vosso coração esta experiência feliz e a crescerdes cada vez mais na entrega de vós mesmos a Deus e aos homens”, disse o Papa.Atentos aos desígnios de Deus No meio de tantos empenhos com a JMJ Madri, pode ser que alguns desses voluntários tenham se perguntado “O que Deus quer de mim? Qual é o desígnio de Deus para a minha vida? Não poderia eu gastar a minha vida inteira na missão de anunciar ao mundo a grandeza do seu amor através do sacerdócio, da vida consagrada ou do matrimônio?”Assim, se veio esta inquietação, o Santo Padre voz aconselha a deixar-se conduzir por Deus, oferecendo-se sempre para servi-Lo, assim suas vidas alcançarão a plenitude que eles anseiam. “Talvez alguém esteja a pensar: O Papa veio para nos agradecer, e deixa-nos com um pedido! Sim, é mesmo assim! Esta é a missão do Papa, Sucessor de Pedro. Não esqueçais que Pedro, na sua primeira carta, recorda aos cristãos o preço com que forma resgatados: o do sangue de Cristo (cf. 1 Ped 1, 18-19). Quem avalia a sua vida a partir desta perspectiva sabe que ao amor de Cristo só se pode responder com amor; e é isto mesmo que vos pede o Papa agora na despedida: que respondais com amor a Quem por amor Se entregou por vós. De novo obrigado, e que Deus sempre vos acompanhe!”, concluiu Bento XVI.
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