* A proposta pretende punir com 2 a 5 anos de reclusão aquele que ousar proibir ou impedir a prática pública de uma “manifestação de afetividade” (ato obsceno) por homossexuais (art. 7°).
* Na mesma pena incorrerá a dona-de-casa que, por exemplo, dispensar a babá que cuida de suas crianças após descobrir que ela é lésbica (art. 4°).
* As palavras de um sacerdote que, em uma homilia, condenar o homossexualismo poderá ser enquadrada no artigo 8°, (“ação [...] constrangedora [...] de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica”).
* O reitor de um seminário que não admitir o ingresso de um aluno homossexual será punido, como está previsto, com pena de 3 a 5 anos de reclusão (art. 5°)
Vamos falar o português claro, já que hoje há muitos “em cima do muro”. Esta parece ser a cômoda localização mesmo de muita gente da Igreja...: às vezes é mais fácil assistir passivamente o circo pegar fogo do que empenhar-se no combate às chamas.
A questão toda pela qual nós católicos não podemos aceitar a aprovação deste projeto não se deve simplesmente ao fato de que, a partir desta aprovação, nós “não poderíamos mais falar e nem orientar nossos fiéis em relação à malícia, ao mal intrínseco configurado pela prática do homossexualismo”.
Se a Igreja se posicionasse contrariamente, em relação a este PL, somente por medo às perseguições, todos os seus mártires, de todos os tempos, deveriam levantar-se de seus túmulos para apontar, com os dedos desencarnados, a vergonha da covardia de uma Igreja atemorizada e, por isso, conivente. A questão fundamental não é somente esta.
A questão fundamental, para nós católicos, é que tal projeto de lei , assim como aconteceu com aqueles projetos que dizem respeito às propostas abortistas, ou os que introduziram no Brasil o divórcio, constitui-se na legalização de um erro, de um mal em si mesmo. A malícia de tal projeto de lei está em querer tornar legal, e portanto socialmente aceitável e justificável, aquilo que é um erro.
Como é possível que aceitemos que a postura pessoal de alguém, em relação à sua “opção sexual” possa conferir-lhe direitos especiais, especialmente se esta postura, segundo o que cremos e professamos, implica em desobediência à Lei de Deus? Um erro não pode implicar em acréscimo de direitos.
Portanto, a aprovação desta lei significaria instaurar em nosso país a “normalização” de algo que, segundo cremos, não é normal. Como católicos temos o direito de expressar nossa opinião contrária e mais do que isto, temos o direito sim de que, de forma organizada e pacífica, possamos pressionar nossos congressistas no sentido de rejeitarem definitivamente este malfado projeto de lei.
Hoje, dia da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, deve constituir-se em um dia marco na história deste país. É o dia de reagir, através da oração e da pressão junto aos nossos representantes no Congresso, contra este projeto de lei. Católicos: preparemo-nos para o combate!
As armas usadas por aqueles que pretendem aprovar tal projeto de lei, são as mais sórdidas possíveis. Uma senadora da República, do partido da atual presidente, falava de “um acordo com a CNBB”. Tal notícia foi imediatamente desmentida pelo presidente de nossa Conferência Episcopal, o Cardeal Damasceno Assis.
Dias terríveis estão por vir, não tenham dúvida. Dias de confusão e de sofrimento se aproximam, no horizonte sombrio de nosso país, já afogado na vergonha da corrupção espalhada como uma verdadeira praga.
Peçamos a intercessão da Imaculada Senhora da Conceição para que salve nosso país. Junto com nossas preces, façamos o possível para pressionar nossos representantes junto ao Congresso Nacional. Que escutem a voz daqueles que os elegeram, que exigem uma tomada de posição clara em relação a esta questão, recusando a aprovação deste iníquo projeto de lei.
Dom Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen (RS)
Eu assisti boa parte da sessão onde se discutiu a lei, dia 8 de dezembro agora. Recheada de protestos de ambos os lados; Marcelo Crivela defendendo evangélicos, inclusive contanto uma estória de assassinato de pastores na época do descobrimento do Brasil, por jesuítas, que vou procurar saber se é verdadeira; e estava lá a sexóloga Marta Suplicy alegando que há perseguição para com os gays, que ela recebe e-mails de famílias que sofrem com discriminação, etc...
ResponderExcluirNós cristãos devemos defender nosso direito de ser contrar o homossexualismo prático, não contra quem de tendência homossexual (o que é preciso distinguir bem) e está bem explicitado no Novo Catecismo. Agora, por outro lado, a esquerda está no poder, e como tal é marxista, não vai parar de lutar para cumprir a máxima de Lênin: varrer o cristianismo da face do planeta. A luta então é contra todo um esquema de governo, toda uma ideologia anti-cristã. Não deve ser exagero que por trás de tudo está o próprio Anti-Cristo. Enquanto se articula a criação de dispositivos legais para proteger gays, o que ocorre é que 75% das perseguições religiosas são contra cristãos, como mostrou Alexandre Del Valle em conferência sobre cristofobia, feita em 4 de Agosto no Instituto Prínio Correa de Olivera. Ele mostra como em muitos países islâmicos os cristãos são mortos aos milhões em curto período de tempo. O judeu Michael Horowitz fez também estudo mostrando que na década passada morreram por ano mais de 100.000 cristãos.
Enfim. A luta não é contra leis aqui ou ali, mas contra todo uma frente anti-cristã.
Deus nos ajude.