O rei David, depois de conquistar Jerusalém e fazer dela a capital do seu reino, quis construir para Deus um templo que fosse digno do Senhor. Até então o templo era uma tenda de peles, como Deus tinha indicado a Moisés no deserto do Sinai, de modo a ser transportada de um lado para o outro.
Deus mandou dizer pelo profeta Nathan que essa tarefa seria para o filho que lhe sucedesse. Mas o Senhor recompensou a sua generosidade fazendo-lhe a promessa maravilhosa que ouvíamos na primeira leitura: da sua descendência havia de nascer o Messias prometido a Abraão.
É uma lição muito importante para nós. Deus nunca fica devedor de ninguém. É mais generoso do que nós. Vale a pena que sejamos cuidadosos com as coisas de Deus. É um sinal da nossa fé e do nosso amor cuidar das nossas igrejas e dos objetos do culto. Que não sejam como o curral onde nasceu há dois mil anos porque não quiseram recebe -lo em suas casas.
Jesus continua a ser Deus conosco, também presente em nossas igrejas. Além do cuidado com as coisas litúrgicas, respeitemos o ambiente sagrado dos nossos templos, hoje que tantos cristãos não o sabem fazer. A Igreja é casa de oração, é lugar para falar com o Senhor e não lugar para conversar com os outros. Se alguma coisa é preciso dizer temos de falar baixo e só o estritamente necessário, com a consciência de que está ali Jesus.
Aprendamos com Nossa Senhora a tratar bem Aquele que é verdadeiro Deus e verdadeiro homem e que veio habitar entre nós e que Se encontra em nossos sacrários.
Nossa Senhora é para nós o modelo sempre atual para acolher a Jesus. A Igreja apresenta-nos neste último domingo do Advento a figura de Maria, a sugerir-nos que façamos como Ela para viver bem o Natal de Jesus.
O Arcanjo S. Gabriel saúda-a em nome de Deus e diz-lhe que Ele a escolheu para mãe do Salvador prometido aos seus antepassados. A Virgem escuta com atenção e acredita sem duvidar naquilo que o mensageiro de Deus lhe diz. Não pede nenhum sinal como Zacarias.
E responde: – «Eis a escrava do Senhor. Faça-se em Mim segundo a tua palavra». Naquele momento o Verbo de Deus, eterno com o Pai, toma a nossa natureza humana fazendo-se um de nós no seio puríssimo de Maria. Podemos admirar a fé, a humildade e a obediência pronta e decidida da Virgem. É uma lição viva para todos nós. A fé e o amor de Deus manifestam-se na obediência fiel à vontade de Deus. Cumprindo os Seus mandamentos.
A Epístola aos Hebreus diz-nos que as primeiras palavras de Jesus para o Pai ao encarnar-se no seio de Maria, foram: «eis que venho, ó Deus, para fazer a Tua vontade» (Hebreus 10, 7). Vemos aqui a sintonia perfeita entre a Mãe e o Filho.
Jesus fez-se homem e veio ensinar-nos a cumprir fielmente a vontade de Deus. Daí depende a nossa felicidade neste mundo e no outro. «O meu alimento – dirá Ele mais tarde – é fazer a vontade daquele que Me enviou» (João 4, 34).
Aprendamos com a Virgem a identificar-nos com Jesus, sempre prontos a fazer a vontade de Deus. Jesus continua a guiar-nos através da Sua Igreja: através do Santo Padre, sucessor de Pedro e pastor de todo o Seu rebanho e também dos bispos unidos a ele.
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