segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A má-fé da imprensa em relação ao Papa


Caro Internauta, observe a sujeira e a má-fé da imprensa de modo geral quando se trata da Igreja e do Papa Bento XVI. Leia este trecho da palavra do Santo Padre, discursando para os embaixadores dos países que têm relação com a Santa Sé, no último dia 9 de janeiro:

A educação é um tema crucial para todas as gerações, pois depende dela tanto o desenvolvimento saudável de cada pessoa como o futuro da sociedade inteira. Por isso mesmo, aquela constitui uma tarefa de primária grandeza num tempo difícil e delicado. Para além de um objetivo claro, como é o de levar os jovens a um pleno conhecimento da realidade e, consequentemente, da verdade, a educação tem necessidade de lugares. Dentre estes, conta-se em primeiro lugar a família, fundada sobre o matrimônio entre um homem e uma mulher; não se trata duma simples convenção social, mas antes da célula fundamental de toda a sociedade.

Por conseguinte, as políticas que atentam contra a família ameaçam a dignidade humana e o próprio futuro da humanidade. O quadro familiar é fundamental no percurso educativo e para o próprio desenvolvimento dos indivíduos e dos Estados; consequentemente, são necessárias políticas que o valorizem e colaborem para a sua coesão social e diálogo. É na família que a pessoa se abre ao mundo e à vida e, como tive ocasião de lembrar durante a minha viagem à Croácia, «a abertura à vida é um sinal da abertura ao futuro».

Mais em geral, visando sobretudo o mundo ocidental, estou convencido de que se opõem à educação dos jovens e, consequentemente, ao futuro da humanidade as medidas legislativas que permitem, quando não incentivam, o aborto por motivos de conveniência ou por razões médicas discutíveis.

Muito bem! Estas foram as palavras de Bento XVI. Nem mais nem menos. O que a Revista Veja que está nas bancas (edição 2252, 18/01/2012, na seção “Panorama”) afirmou, fazendo eco à imprensa internacional, seguindo a agência de notícias Reuters? Eis, as palavras da Veja, que se considera séria e imparcial: “Endureceu o discurso contra a união homossexual o papa Bento XVI. O pontífice disse para diplomatas de 180 países que o casamento gay é ‘uma ameaça para o futuro da humanidade’”.

Aqui está! Foi assim com o Discurso do Papa em Ratisbona, na passagem em que se referiu a Maomé; foi assim quando falou da “chaga” que é a situação dos casais em segunda união; aqui no Brasil se afirmou que o Papa dissera que os casais em segunda união seriam uma “praga”; foi assim com outras situações sérias, como a atitude do então Cardeal Ratzinger na questão dos pedófilos que estavam no meio do clero emporcalhando o nome de Cristo e da Igreja! Sempre um modo de denegrir, de truncar a verdade para tornar o Papa odioso.

Só para recordar: é claro que a Igreja e o Papa são contra a união homossexual com status de “casamento”. Ninguém é contrário a que duas pessoas do mesmo sexo, adultas e senhoras de si, livremente queiram viver juntas, inclusive com vida sexual ativa. É pecado? Certamente! É contra os preceitos cristãos? Sem dúvida nem apelação! A Igreja chamará de normal e moralmente positivo tal caminho? Nunca! Mas, ninguém pode impedir a relação entre duas pessoas homossexuais nem deve querer impor nada contra a liberdade de ninguém! A Igreja sequer é contra a que um parceiro tenha direitos de herança, benefício saúde e outros, derivados dessa união. O que os cristãos são contrários que se dê a esta união um estatuto de matrimônio e de família, pois aí já não se trata de respeitar uma minoria, mas destruir o conceito de família próprio da maioria e no qual se estriba a própria civilização ocidental, já tão ferida e desmoralizada... O raciocínio é simples: se tudo é família; nada é família! É o conceito de família de toda a sociedade que fica prejudicado pela imposição de uma minoria que hoje é poderosíssima! Esta é a posição da Igreja, do Papa e de qualquer pessoa de bom senso.

Minha questão aqui é outra: trata-se da desonestidade da imprensa, que sempre procura, de modo capcioso, deturpar as palavras do Papa para torná-lo antipático e odioso ante a opinião pública. Não me preocupo se o Papa agrada ou não à mídia e aos “papas” da cultura secularizada atual; mas me indigna a sordidez dessa imprensa que se quer passar por isenta e honesta.

Uma sugestão? Escreva à Revista Veja protestando e pedindo uma correção! Envie a cópia do discurso do Papa. Está no site do Vaticano: www.vatican.va. É uma questão de justiça!

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