Antes do
Concílio Vaticano II, me parece que os sacerdotes eram mais piedosos ou tinham
medo de errar ou desobedecer a alguma norma prevista pelo Missal Romano ou
ditado por algum livro oficial da Santa Sé. Mas após o Concílio essas normas(para
o novo Rito )também são encontradas no novo missal de Paulo VI. E por
que observamos diversos sacerdotes que não seguem quase nenhuma rubrica ou
norma litúrgica? Será que nos seminários não se ensina mais liturgia como no
“tempo tridentino” ?
Até onde eu sei a cadeira de liturgia é obrigatória pelo direito Canônico nos
cursos semináristicos e de bacharelado em Teologia. Creio o que mudou foi as
ideologias ensinadas através da Teologia da Libertação e pelo liberalismo
maléfico embutido nas mentes dos seminaristas durante a formação e de padres
idosos. Antes se ensinava o respeito e obediência pelo que a Santa Sé
determinava hoje em dia depois dessas heresias penetradas em nossa conjuntura
eclesial pós Vaticano II. É ensinado que normas litúrgicas é coisa para o Papa
e os chamados “tradicionalistas”. O que sabemos que não é!
Será falta de interesse dos padres de procurarem nos livros o que é certo ou
errado fazer, durante a Missa ou outro ritual da liturgia romana? Creio que
também podemos salientar essa questão problemática, enfrentada principalmente
nos países latino-americanos. Que é fortemente influenciado pela Teologia da
Libertação. Observamos essa falta de interesse principalmente pelos padres
que viveram o tempo do extremo rigor e dedicação a liturgia romana. Parece
ironia, mas a maioria dos sacerdotes que celebraram por muitos anos em
tridentino, hoje não seguem da mesma forma esse rigor no Rito Novo.
O mau exemplo, muitas vezes é do próprio bispo ou outro superior hierárquico.
Que se faz de cego ou omisso em relação ao que se deve fazer na liturgia da
santa missa ou em outro ritual. Na Ortodoxia Oriental, fazer algo de errado na
liturgia ou modificá-la é o mesmo que pecar. Garanto se esse pensamento fosse
embutido na mente dos idosos e novos sacerdotes teríamos o resplendor e
disciplinamento litúrgico em toda a Igreja Romana (Latina).
Muitos defendem um liberalismo provocado pelo próprio Concílio Vaticano II, o
que uma breve leitura nos documentos oficiais veremos que isso não existe. Existem
sim exceções singelas autorizadas pela Santa Sé a algumas culturas locais (como
na Africa). Que não tem comparação com o abuso e aberrações que observamos em
muitas dioceses através de fotos na internet, vídeos e observações pessoais.
Algumas vezes são erros básicos que não eram para acontecer. Tudo em nossa vida
exige normas, ao dirigir um carro por exemplo temos de passar as marchas certas
nas horas certas, ao operar uma maquina, o computador um sistema entre outras
coisas. Na Liturgia é a mesma coisa, o missal em seu inicio vem com o que
chamamos de Instrução Geral do Missal Romano.
Que deve ser lido pelo padre no período em que ele foi seminarista e depois de
ordenado em tempos e tempos. Pois as vezes esquecemos de tantas regras a
serem seguidas. A prática nos ajuda a não esquecer de tais normas e também a
preparação da liturgia consultando o missal e os livros litúrgicos.
O “Casulofobia” foi um termo que eu inventei para caracterizar o motivo
seguindo uma explicação psicológica para o não uso da casula por alguns padres.
Seria uma fobia , um medo, aversão de usar casula. Alguns padres só usam
casula no domingo ou na festa do padroeiro(a). O que não tem nenhuma base
oficial documental. O único indulto que temos
noticia que foi conferido a CNBB em 1971, foi a opção de usar casula para
presidir a Missa, quando essa for realizada fora de um templo (igreja) ou
oratório. Mesmo assim é uma opção.
Fala-se neste caso de um misto entre alva e casula ou mesmo só a túnica e a
estola por cima. Só que alguns padres entenderam que isso valeria para a
celebração dentro da igreja, o que é errado!
O que ensina o Missal romano? Vejamos:
Para o sacerdote: alva(ou túnica),estola e casula ou planeta(IGMR 119),
A veste própria do sacerdote celebrante, tanto na missa como em outras ações
sagradas em conexão direta com ela, é a casula ou planeta sobre a alva e a
estola.(IGMR, 337)
Os concelebrantes vestem, na secretaria ou noutro lugar adequado, os
paramentos que usam normalmente ao celebrarem a missa. Se houver motivo justo,
como, por exemplo, grande número de concelebrantes e escassez de paramentos,
podem os concelebrantes, exceto sempre o celebrante principal, dispensar a
casula ou planeta, e usar apenas a estola sobre a alva.”(IGMR, 209)
Ou seja, para presidir a Santa Missa, o padre ou bispo é obrigado a usar casula, seja essa missa até mesmo
privada a comunidade religiosa ou seminaristica.
Alguns
padres religiosos até mesmo não usam a Alva. Preferem transformar o habito
religioso como se fosse uma alva e usar a estola por cima da mesma. O que é
proibido! (na foto)
Rezemos
que esses padres mudem de atitude e que os novos padres sigam o que diz o
missal e a Santa Sé.
Está
reprovado o uso de celebrar, ou até concelebrar, só com a estola em cima da
cógula monástica (nota do
autor:., hábito religioso), em cima da batina ou do
traje civil. (Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina
dos Sacramentos. Instrução Liturgicae Instaurationes, 8 c)
O
sacerdote deve estar lembrado de que ele é servidor da sagrada liturgia e de
que NÃO lhe é permitido, por própria conta, acrescentar, tirar ou mesmo
mudar qualquer coisa na celebração da missa. (Sacrosanctum
Concilium, 22 / Instrução Geral do Missal romano (Edição 2002) , 24 )
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